Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. (Declaração Universal dos Direitos Humanos. Artigo XIX.)

terça-feira, 31 de julho de 2012

INFLUÊNCIA FEMININA NA POLÍTICA

A posição na mulher dentro da sociedade política atravessou no século XX um período de contínua expansão, se tornando visível pelo fato de que antes as mulheres lutavam por causas em prol de si mesmas e atualmente estão com voz ativa em debates com caráter econômico, social, global e regional. Aqui vai uma breve homenagem a elas que foram essenciais na política brasileira em ordem cronológica:


quinta-feira, 26 de julho de 2012

CAOS

Hey você!
Você mesmo... Que está aí sorridente!
Você que vem lá do interior... Procurar emprego... Estudar em uma faculdade boa... Atrás de oportunidades! Precisa de dinheiro pra alimentar os filhos, foge da seca, quer abrir um novo negócio ou até mesmo está em busca de um novo amor... De luxo, de vitória, de glamour...
Bem vindo ao céu... e ao inferno! Bem vindo a São Paulo!
E não se esqueça de trazer os seus amigos, vizinhos e parentes.
Quanto mais melhor!!!
Manual de como ser um paulistano legítimo:
1- Pegar ônibus entre 7 e 9 horas da manhã, ou entre às 17 e 20 horas da noite. Principalmente quando você é um senhorinha que vai visitar os filhos.
2- Caso você prefira dirigir, vá sozinho! 
3- Há aqueles que para fugir do transito (bobinhos) utilizam as motos. Meu querido se você se identificou não deixe nunca de contornar todos os carros, buzinar no caminho inteiro e deixar o escapamento aberto ao acelerar.
4- Os melhores restaurantes estão na Paulista ou próximos a centros comerciais.
5- Adoramos pessoas que escutam música alto no transporte público, ainda mais quando é funk
6- É válido também você se juntar a uma gangue e cantar rap no trem. Adote um truta para chamar de Dj.
7- Se morar em um apartamento de 35 metros quadrados aprenda a tocar algum instrumento. Gostamos de guitarra e vocal. Porém um alerta: Você deve antes de tudo cantar mal.
8- Caso você opte por morar no centro coloque cadeiras na rua e jogue baralho tomando uma cerveja, olhando o transito e movimento das pessoas nas calçada.
9- Converse com a maior quantidade de indivíduos no ônibus contando a todos os seus grandes problemas, dê mais atenção à aqueles que usam social e fones de ouvido.
10- Corra nas escadas rolantes do trem esbarrando naqueles que estão ao seu redor.
11- Procure comer coxinhas de 1,50 dentro de lugares fechados. O cheiro é uma delícia!
12- Demore muito para fazer seu pedido no Mc Donalds e no Habib's. É importante que você escolha o produto que vai consumir exatamente na hora em que estiver no caixa. 
13- Caso você goste de ganhar um trocado a rua é uma ótima opção. Use colete laranja e fale que vai olhar os carros, lembrando que você deve ter a total certeza de que a rua é sua. Sinta-se importante ao fazer isso.
14- Alimente os moradores de rua sempre quando puder, é sensacional vê-los dia-a-dia nos mesmos lugares.
15- Junte-se as greves, manifestações e marchas, especialmente quando elas ocorrerem em avenidas importantes e movimentadas.
16- Jogue lixo apenas na calçada e no chão do ônibus. Dê prioridade ao resto da marmita.
17- Resolva os problemas de pessoais na frente dos estabelecimentos públicos ou da casa dos vizinhos. Chore, grite, faça escândalo. 





quarta-feira, 25 de julho de 2012

O ESTADO DE NATUREZA DENTRO DA SOCIDEDADE MODERNA CAPITALISTA

É abundante o volume de filósofos e sociólogos que sondaram a questão do Estado como principal agente mediador das atitudes humanas. Uns contra, outros a favor. Sendo muito comum presenciar até os dias atuais autores debatendo a respeito dos modos de produção, sociedade capitalista, comportamento ideal de sociedade, desigualdade, direito a propriedade e as intervenções que seriam ou não corretas defronte aos eventos ocorridos ao redor do globo.

Grandes nomes da sociologia defenderam o plano de um pacto ou contrato que estabelece justiça e controle ao homem. Hobbes dizia que o homem é o lobo do homem, o qual demanda apenas satisfazer os seus próprios desejos, podendo ser moderado apenas por um Estado soberano com poder ilimitado. Para Locke o governo cederia o direito de garantir que todos executem a lei da natureza através da divisão dos três poderes, sendo a agressão contra as leis naturais, pois o indivíduo é dotado de razão, mesmo renunciando a ela. Rousseau destacou que desejos no estado de natureza são exclusivamente de necessidades físicas e a propriedade privada é a origem da desigualdade entre os homens, defendendo que o homem deve ser soberano e criar leis. A função do Estado de Natureza é aclarar uma situação pré-social, estado anterior à constituição da sociedade civil.

Como contraste às obras realizadas acima da importância das leis do Estado, também houveram autores que dissertam a respeito dos sistemas sócio-ecômicos que devem ser estabelecidos por ele, os mais significativos trouxeram intensas desavenças no cenário internacional. São eles: O comunismo explicado como mais alto estágio de desenvolvimento que assenta os trabalhadores no poder e extingue a existência do estado, o socialismo que dissipa a constituição de instituições totalmente privadas e classes sociais, o anarquismo com a supressão imediata de qualquer forma de autoridade e demanda uma sociedade de homens livres e o capitalismo averigua o fim da violência urbana por meio da propriedade privada, sendo eles o capital e os meios de produção.

O século XX foi de significativa controvérsia entre a aceitação dos sistemas sócio-econômicos entrementes a Guerra Fria, Revolução Cubana e a guerra civil chinesa. A base do socialismo foi apresentada por Marx e Engels em o Manifesto do Partido Comunista e repartida posteriormente entre científica e utópica. Para ele as relações de produção baseadas na propriedade privada são ocasionadoras da divisão de classes sociais e sua luta, expondo os operários como a força que libertaria a sociedade do antagonismo das classes. No entanto os modos de produção existiram desde a pré história, assim como ocorre entre os animais irracionais e o no passado com o Australopithecus porque todos precisam de alimento, de água e abrigo, sendo o trabalho um processo entre um homem e a natureza.

As relações de produção foram modificadas conforme a história e crescimento populacional. Os últimos dados de 2011 demonstraram que no mundo havia cerca de 7 bilhões de habitantes, número que cresce significativamente desde o início da Revolução Industrial. A sociedade conheceu o feudalismo, o escravismo, o primitivismo e está em evolução a cada segundo. A todo Iphone que é lançado nas prateleiras dos Shoppings, Windows que a empresa muda e sistema qual o mercado de trabalho exige que você aprenda. A sociedade se torna cada vez mais complexa em vista que o homem moderno trabalha hoje para fabricar os seus próprios instrumentos de produção e muitas vezes nem conhece o produto pelo qual está colaborando.

O capitalismo moderno adotou uma face mais elaborada como a competição pelos mercados, movimentos trabalhistas, lei de oferta e procura, sistemas informatizados, meios de comunicação, produção em massa de mercadorias destinadas ao consumo em diferentes partes do globo e corporações da atualidade com ações pulverizadas.

Embora a sociedade atual tenha adotado caráter de pacto social, leis de caráter estatal, capitalismo financeiro e comercial global e comunicação em massa, é evidente que nem todos estão aptos e em total aceitação do modo que a humanidade se comporta. E isso se torna claro ao acompanhar os sistemas de informações e ler uma matéria sobre a Primavera Árabe. Ao ligar a televisão inúmeros canais estão apontando casos de pessoas que não conseguiram se adaptar a nossa sociedade, a qual permanece de acordo com o rumo histórico que o globo tomou. Eventos referentes a roubos, assassinatos e estupros são a prova viva de que não é porque as leis existem, ou a própria religião, a qual despertou ao homem a vontade de ir para o céu, que todos vão agir conforme a razão e viver respondendo as obrigações e limites que o Estado propõe.

Não importa o quão o capitalismo ofereça os melhores produtos, o conforto de possuir tudo e muito mais e a sede pela competição de poder, riqueza e extravagância, pois o estado de natureza é também um estado de espírito. Assim como Marx discutia a alienação do trabalho a qual fazia do homem um escravo do sistema, ainda existe o alienado fora do sistema, longe da sociedade que não consegue se inserir na concepção do estado civil, o alienado em estado de natureza.

Em quaisquer partes do mundo é possível encontrar pessoas que não querem, não sabem e não acreditam na sociedade civil moderna e suas leis, tendo passado ou não pelo processo de socialização no qual obteve transmissões de padrões culturais. Certa vez estava no centro de São Paulo, na região da Vinte e Cinco de Março com o meu pai e as lojas estavam fechando quando uma mulher abaixou as calças na calçada, se declinou no vácuo e começou a urinar no mesmo momento em que as pessoas estavam andando na rua sem se importar com o que acontecia a sua volta.

É o que ocorre também dentro dos abrigos de moradores de ruas, aqueles que oferecem a eles um corte de cabelo, banho quente, higiene pessoal, alimentação e espaço para dormir. São inúmeros os casos de vítimas que dão preferência a noite fria das ruas vazias ao aceitar a disciplina exigida pelos albergues, como precisar tomar um banho ou comer algo que não seja tão gostoso quanto uma pizza que pode ser cedida na frente de um restaurante. E o grande mal não está com essas pessoas que não querem fazer parte da sociedade mas com as crianças que crescem e vivem ao redor dessa situação. Lembro-me como se fosse hoje um dia que eu estava no Habib's e uma criança que deveria ter uns 9 ou 10 anos e me pediu um doce. Eu não dei e ela pediu pra outra moça, depois de comer ele pediu o resto da pizza de um grupo de rapazes e sempre quando eu passava na frente daquele estabelecimento estava aquele menino pedindo comida aos outros.

Em todos os momentos históricos e qualquer sistema sócio-econômico adotado vão existir aqueles que aceitam e fazem parte da sociedade civil e os que não. O estado de natureza e a falta de razão continuará a existir por mais que a Constituição seja alterada, o modo de produção mude porque cabe ao homem, sendo único e independente da quantidade de pessoas que habitem o planeta, de mudar a sua vida. Está em cada um de nós, isoladamente daqueles que procuram transformar o próximo, ajudar e influenciar, a vontade e a oportunidade de estar inserido na sociedade que vive.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O DESTINO SÍRIO

A Primavera Árabe, iniciada na Tunísia em dezembro de 2010 através de um jovem desempregado que colocou fogo em seu próprio corpo, derrubou chefes de Estado da Tunísia, Arábia Saudita, Egito, Líbia e Iêmen. Os protestos foram causados pela alta militarização de governos, autoritarismo, desemprego, corrupção, falta de liberdade de expressão e más condições de vida. Os protestos pró-democracia também almejam o desligamento com a política externa de Washington, sendo mediados pela Liga Árabe. Uma característica da Primavera Árabe é o uso de redes sociais em protestos como o Twitter, cobertura dos movimentos pela Rebe Al Jazeera e influência de redes transnacionais.

Algumas revoltas ainda ocorrem, sendo o caso sírio o mais violento. O governo de Bashar al-Assad sofre protestos desde 2005, os quais de intensificaram e expandiram em 2011. Entre eles se destacam o Conselho Nacional da Síria, o Exército pela Libertação Síria, Irmandade Muçulmana Síria e Comitê Nacional de Coordenação para Mudança Democrática. De acordo com o observatório de Direitos Humanos da ONU, o ditador não cumpriu com nenhuma promessa de mudança até o atual momento, assim como a de uma nova Constituição e pluripartidarismo, respondendo a imprensa o início da lei nas eleições de 2014. O exército sírio é equipado com armamentos fornecidos principalmente pelo Irã e Rússia e age sob as ordens de uma cadeia de comando militar, além da agência de inteligência da Aeronáutica, Diretório Geral de Segurança e inteligência militar que respondem ao governo sírio, fatores que ajudam a tornar o conflito como proporção de guerra. Dados de março de 2012 da ONU revelam que ao menos 7,5 mil pessoas morreram em 1 ano de conflito e o país vive sanções econômicas da União Européia e Estados Unidos e segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos esse número chega a menos 14.115 pessoas, em declaração esse mês. O número de refugiados que tem como principal destino o Líbano é maior do que 25 mil.

Diversos atores no cenário internacional condenam a violência no país e apóiam o direito a liberdade, assim como a ONU, Liga Árabe, União Européia e países ocidentais, porém a China e a Rússia são a favor dos ditador sírio e o primeiro-ministro libanês teme que o conflito chegue até as suas fronteiras. Tentativas de paz foram propostas. Em janeiro desse ano por exemplo houve a iniciativa "Amigos da Síria" em conferência na Tunísia e o ex-Secretário Geral da ONU propôs um novo plano de paz. O último foi aceito em abril, no entanto desrespeitado pelo ditador.

De acordo com as inúmeras tentativas de negociações pela paz, a duração em que o conflito se dá e a proporção do massacre, o futuro da Síria se torna cada vez mais uma preocupação para analistas do mundo inteiro. A derrubada do regime seria a principal saída para a população, entretanto o militarismo do país é denso e apóia o ditador.

E por quê não confiar a paz as organizações intergovernamentais? Quem sabe elas possam mobilizar o ocidente inteiro, porém o país que já se encontra em estado de isolamento como a Síria não ficaria contente com tal final.

E o direito internacional? Ao se fortificar em volta de um massacre como esse poderia criar um tribunal ad hoc para julgamento, assim como aconteceu em Ruanda ou até mesmo considerar o Tribunal Penal Internacional de Haia para caso o país o reconheça.

terça-feira, 22 de maio de 2012

TURQUIA NA UNIÃO EUROPÉIA

A Turquia está localizada no sudeste da Europa e sudoeste da Ásia e possui como capital a cidade de Ancara. O General Mustafá Kemal proclamou a República¸ formou um exército e expulsou as forças gregas e armênias, assinando o Tratado de Lausanne após a guerra da Independência, o qual definia as fronteiras da Turquia. Na primeira Guerra Mundial ela se juntou aos Aliados em fevereiro de 1945 e se tornou membro das Nações Unidas. Até 45 foi um país unipartidário. Em 1950 o país realizou sua primeira eleição livre, que foi vencida pela oposição, porém em 1960, 1971, 1980 e 1997 ela sofreu golpes que geraram governos repressivos. O país vem sofrendo com a instabilidade política e com diversos golpes de Estado, os quais já deixaram mais de 40 mil mortos desde os anos 84, em atentados terroristas e também entre o exército turco. O conflito se dá porque os curdos querem fundar um Curdistão independente, exigindo a separação da Turquia. Sua Constituição foi adotada em 1982, junto ao regime parlamentar. Hoje ela é governada pelo presidente Abdullah Gul e pelo primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan. A Grande Assembléia Nacional compete o poder legislativoe o executivo é exercido pelo primeiro-ministro.

Em 1959 a Turquia apresentou um pedido para se tornar membro associado da Comunidade Económica Europeia. Em 1995 foi estabelecida uma união aduaneira entre ela e a União Européia, abrangendo comércio dos produtos manufaturados. Desde dezembro de 1999 a Turquia é reconhecida candidata a adesão à União Européia no Conselho Europeu da Helsínquia, almejando a aceitação de líderes políticos a considerá-la membro, visando participar do mercado europeu e da zona do Euro. Desde o dia 3 de Outubro 2005 foram iniciadas as negociações formais para a plena adesão da Turquia à UE, e os capitulos de Ciência e Investigação, Política Empresarial e Industrial, Estatísticas e Controlo Financeiro, Política Económica e Monetária, Consumidores e Proteção da Saúde e Redes Transeuropeias, Livre Circulação de Capitais e Sociedade da Informação e Meios de Comunicação Social, Fiscalidade, Ambiente, Segurança dos Alimentos, Política Veterinária e Fitossanitária ganharam discussões. Em 2008 um novo problema: o Conselho optou por revisar essa parceria. Esta adesão passa por complicadas discussões e reflexões na Alemanha, França, Áustria, entre outros.

A contestação a este processo de adesão se dá por diversos motivos, entre eles o fato da Turquia não ter o território inteiro localizado na Europa. Para muitos europeus também é impossível conciliar os valores e ideais judaico-cristãos com o Islão, apesar de o país manter costumes um tanto mais liberais do que os outros países muçulmanos, a quebra de paradigmas é existente. Além disso, a população possuiria peso decisivo dentro na organização pelo alto número de habitantes em comparação com o restante dos membros e a pendência entre a Grécia e o Chipre ainda se alastra desde o acordo de Ancara. Em contrapartida a adesão promoveria uma real inclusão de cultura mulçumana, estenderia esta liderança aos outros países e agregaria um valor importante em um momento de crise.