Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. (Declaração Universal dos Direitos Humanos. Artigo XIX.)

terça-feira, 22 de maio de 2012

TURQUIA NA UNIÃO EUROPÉIA

A Turquia está localizada no sudeste da Europa e sudoeste da Ásia e possui como capital a cidade de Ancara. O General Mustafá Kemal proclamou a República¸ formou um exército e expulsou as forças gregas e armênias, assinando o Tratado de Lausanne após a guerra da Independência, o qual definia as fronteiras da Turquia. Na primeira Guerra Mundial ela se juntou aos Aliados em fevereiro de 1945 e se tornou membro das Nações Unidas. Até 45 foi um país unipartidário. Em 1950 o país realizou sua primeira eleição livre, que foi vencida pela oposição, porém em 1960, 1971, 1980 e 1997 ela sofreu golpes que geraram governos repressivos. O país vem sofrendo com a instabilidade política e com diversos golpes de Estado, os quais já deixaram mais de 40 mil mortos desde os anos 84, em atentados terroristas e também entre o exército turco. O conflito se dá porque os curdos querem fundar um Curdistão independente, exigindo a separação da Turquia. Sua Constituição foi adotada em 1982, junto ao regime parlamentar. Hoje ela é governada pelo presidente Abdullah Gul e pelo primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan. A Grande Assembléia Nacional compete o poder legislativoe o executivo é exercido pelo primeiro-ministro.

Em 1959 a Turquia apresentou um pedido para se tornar membro associado da Comunidade Económica Europeia. Em 1995 foi estabelecida uma união aduaneira entre ela e a União Européia, abrangendo comércio dos produtos manufaturados. Desde dezembro de 1999 a Turquia é reconhecida candidata a adesão à União Européia no Conselho Europeu da Helsínquia, almejando a aceitação de líderes políticos a considerá-la membro, visando participar do mercado europeu e da zona do Euro. Desde o dia 3 de Outubro 2005 foram iniciadas as negociações formais para a plena adesão da Turquia à UE, e os capitulos de Ciência e Investigação, Política Empresarial e Industrial, Estatísticas e Controlo Financeiro, Política Económica e Monetária, Consumidores e Proteção da Saúde e Redes Transeuropeias, Livre Circulação de Capitais e Sociedade da Informação e Meios de Comunicação Social, Fiscalidade, Ambiente, Segurança dos Alimentos, Política Veterinária e Fitossanitária ganharam discussões. Em 2008 um novo problema: o Conselho optou por revisar essa parceria. Esta adesão passa por complicadas discussões e reflexões na Alemanha, França, Áustria, entre outros.

A contestação a este processo de adesão se dá por diversos motivos, entre eles o fato da Turquia não ter o território inteiro localizado na Europa. Para muitos europeus também é impossível conciliar os valores e ideais judaico-cristãos com o Islão, apesar de o país manter costumes um tanto mais liberais do que os outros países muçulmanos, a quebra de paradigmas é existente. Além disso, a população possuiria peso decisivo dentro na organização pelo alto número de habitantes em comparação com o restante dos membros e a pendência entre a Grécia e o Chipre ainda se alastra desde o acordo de Ancara. Em contrapartida a adesão promoveria uma real inclusão de cultura mulçumana, estenderia esta liderança aos outros países e agregaria um valor importante em um momento de crise.