Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. (Declaração Universal dos Direitos Humanos. Artigo XIX.)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A DEMOCRACIA E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA


A democracia está inserida em uma sociedade pluralista feita de concepções diferentes. Desse modo, inicio a discussão a respeito da democracia nos Estados Unidos citando o bipartidarismo existente entre republicanos e democratas, que se opõem pelas concepções político-econômicas.
Porém a democracia não deve ser observada pelo número de partidos, e sim pela participação do povo nas decisões políticas.

O grande orgulho estadunidense na afirmação de ser a maior democracia o mudo vem do modo com que eles resumem o significado democrático. Foram eles que trouxeram o modelo federalista, adotado por diversos países, inclusive o Brasil, e sua constituição foi criada em 1787. Eram discutidos assuntos que diziam respeito a todos em praça pública desde 1650 A independência das Treze colônias se deu em 1776, com pensamentos iluministas e motivação de ser liberdade em relação a Inglaterra. Sua constituição defendia a prática da cidadania, o livre exercício dos direitos políticos e civis através de normas que garantam a liberdade de expressão, de imprensa, de crença religiosa, de reunião; a inviolabilidade do domicílio e o direito a julgamento, Desde então o país apoiou países ibéricos a se tornarem independentes também.
Diante de tantas convicções democráticas, devo contrapor o fato dos EUA possuírem uma população extremamente racista e dividida entre negros e brancos, de serem completamente seletivos em escolher as vagas em escolas e faculdades para estudantes e darem tanta importância ao patriotismo. Quando se deu a candidatura de Barack Obama, representando um candidato negro, o mundo aplaudiu. Tendo em vista que a democracia nos EUA funciona por meio dos colégios eleitorais e não pela soma total de eleitores, estima-se que as duas grandes lideranças compuseram a dupla de candidatos democratas com maiores chances à presidência Hillary Clinton com 249 delegados e Obama com 181 delegados.

Acredito que não haja grande diferença entre democratas e republicanos, observando que ambos são conversadores, talvez pelos EUA serem uma grande potência mundial, os presidentes tem um certo receio de mudar aspectos políticos no país, e confio que um bipartidarismo não pode colocar todos os desejos de uma sociedade em pauta. É certa a existência de liberdade de expressão, porém o aprendizado de um estadunidense insere a mesma visão nacionalista desde a infância de cada indivíduo. É muito fluente no dia-a-dia norte-americano ouvir todos os noticiários afirmando que sua nação é a melhor do mundo e críticas em discordantes ambientas de que os muçulmanos são terriristas, o que em outras gerações foram torno dos orientais e latino-americanos. Eles crescem com os mesmos pensamentos conservadores, e as concepções de um governo contrário se torna inaceitável.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A RELIGIÃO EM PEDAÇOS


Seria a religião um patrimônio comum da humanidade? Posso defini-la como um pretexto, pelo qual indivíduos de diferentes culturas e de forma instintiva de proteger as suas vontades, tensões e pretensões, defendem a fé, seja através de Deus, em Alá, em espíritos ou até mesmo o Sol.

A atração entre os animais acontece de forma semelhante de acordo com o instinto. A fêmea procura o macho mais forte e belo, o qual trará mais saúde e resistência aos seus filhotes. Já o macho não escolhe apenas a mais bonita, mas por impulso espontâneo também sente a necessidade de prosperar a sua espécie. A mãe ao se deparar com pequenas criaturinhas que obtém o seu próprio sangue tende a protegê-lo e alimentá-lo. Estamos acostumados e precisamos desse amparo a datar do momento em que vemos o mundo pela primeira vez. É a mãe que nos guia, que traz alimento, que nos leva ao hospital e está sempre preocupada. Não há ninguém que nunca precisou dela, ou do pai, ou do irmão mais velho, a avó ou o melhor amigo. Crescemos, prosperamos nossos laços. Podemos nos casar, trabalhar, estudar. E temos o marido/esposa, chefe, professor nos mostrando o que devemos fazer em relação as coisas, eles podem nos julgar ou punir. Desde o nascimento temos a necessidade de ouvir explicações e sermos alimentados pelas nossas mães, porém não é sempre que ela pode nos dar. Dessa forma encontramos na religião, fé, crença ou num simples sentimento de existência de uma força maior as respostas para o nosso futuro. É um modo de pedirmos comida a mãe, ao chamá-la de Pai, Senhor, Alá, Brahman, entre outros.

Na medida em que a busca por uma Força Maior é um patrimônio comum da humanidade, ela está dividida entre localismos globalizados. Como é o exemplo do cristianismo, candomblé, hinduísmo, religiões africanas e indígenas. Cada povo desenvolveu uma religião distinta de acordo com a sua cultura, a religião está dividida em pedaços do globo que à diferem, elas nascem e desenvolvem de acordo com a rotina, estrutura de política, econômica e marcos históricos de cada público.

O cristianismo teve origem na atual palestina que estava sob domínio do Império Romano no Século I. O imperador Otávio Augusto possuía idéias contrárias à paz e perdão, o que deu origem aos Dez Mandamentos. Eles protegiam os cristãos dos males romanos e os traziam a crença de que após a morte, Deus seria melhor do que o regime tido no local.

Já as religiões indígenas brasileiras de 1500 acreditavam na força da natureza e antepassados. Elas tinham uma organização política diferente, eram compostas de grupos pequenos que mantinham uma organização estável e seus problemas eram resolvidos pelo pajé ou cacique. Não havia a necessidade da criação de um livro sagrado, pois os ensinamentos eram transmitidos pelos mais velhos e não possuíam um alfabeto. Não havia troca de moedas, e com um grupo exíguo de pessoas era dócil a divisão de trabalho estabelecida.

Na África estão anexados o cristianismo, hinduísmo e islamismo, estabelecidos pelo neocolonialismo. Devemos levar em conta o fato de inúmeros países terem a independência no século XX, e a crença de que apenas o ocidente pode ajudá-los. É como se eles fossem a tal mãe que cristãos buscam em Deus. Contudo a África também desfruta de uma religião tradicional, a qual examina a energia do universo e obtém a fé em um Ser Superior. Outros exemplo de localismos glogbalizados religiosos endereçados do neocolonialismo são as Igrejas católicas na Améica e grupos judeus dispersos na América.

O que nos faz entender a divisão feita por Xiitas e Sunitas no Islamismo da religião estar precisamente ligada a estrutura política, influenciada de forma acentuada os paços de cada praticante. Os Xiitas defendiam Ali Abu Talib da comunidade muçulmana e os Sunitas tiveram origem por apoiar o califado de Abu Bakr, porém ambos acreditam em Alá. Durante anos esses dois grups foram discernindo cada vez mais.

Ocasionalmente na História da Humanidade crenças diferentes entram em conflito ao serem patrimônio comum e ao mesmo tempo pedaços sem um consenso a respeito da busca por uma de uma mesma "mãe". Enquanto forem localismos globalizados, elas vão se atacar, mas não só por acreditarem em deuses diferentes, e sim por se depararem com estruturas políticas, históricas e econômicas diversas derivadas de suas origens e mudanças próprias. Grande parte de fiéis têm progredido seu respeito conforme a globalização e informação às unem, porém é utópico o dia em que elas vão se vir por igual. Talvez quando o capitalismo tornar todos os indivíduos donos da mesma quantidade dinheiro ou no momento em que existir apenas um governante no cenário internacional que não gere conflitos. Porém, ambas as alternativas também são utópicas.